Na última semana, saiu o resultado do Prêmio de Jornalismo da Operação Golfinho, edição 2012.
De um lado, comemoro o primeiro lugar conquistado na categoria Fotojornalismo, com a reportagem de capa Cão ataca e mata criança. Por outro, sem dúvida, esse foi o pior momento vivido até aqui como repórter fotográfico, no interminável dia 14 de fevereiro de 2012.
12h58min: Após o aviso da Assessoria de Imprensa da BM sobre a pauta, eu, o repórter Danton Boattini Jr. e o motorista Marco Aurélio terminamos o almoço correndo e seguimos (de Mariluz) para Capão da Canoa. Chegando lá, com o auxílio dos vizinhos, pude ter acesso ao pátio da casa onde ocorreu a tragédia.
13h03min: Funcionários da Prefeitura Municipal recolhem o corpo do animal, sob o olhar dos moradores.
13h47min: A ambulância estaciona no pátio do Aeroporto de Capão da Canoa. Antes de encaminhar o menino para a aeronave que o levou a Porto Alegre, paramédicos tentam reanimá-lo.
13h56min: O pequeno Gustavo Gomes de Souza, de 5 anos, é encaminhado para o “Vôo de Misericórdia”, que teve como destino o HPS da capital.
13h59min: Desesperado, o pai acompanha de longe a luta dos profissionais para salvar a vida de seu filho.
13h59min: Paramédicos improvisam ganchos na cortina do avião para sustentar bolsas de sangue e soro necessários para o tempo de deslocamento, com previsão de 20 minutos.
15h34min: Familiares e amigos recebem a notícia de que o menino não conseguiu resistir ao ataque.
18h58min: A cobertura termina em exatas seis horas, com a difícil tarefa de conseguir uma imagem (“reprodução”) de Gustavo, do arquivo pessoal da família.
Bruno, é tamanha a tristeza que conseguiste expressar em imagens que com certeza absoluta valeu o primeiro lugar. Parabéns por tamanha sensibilidade.